Lembro-me vagamente do dia em que conheci Gantor e Petrus. Nós estávamos em Waterdeep; cidade promissora para quem buscava se aventurar por Faerum. Eu, que tinha chegado de Sembia a pouco tempo, estava na taverna à procura de camaradas que quisessem compartilhar o espírto aventureiro que havia me impelido até alí.
Foi então que vi a figura de um anão de barba ruiva, envolto numa armadura, um martelo e um escudo entrar pela porta da taverna. Sua feição era de um ser naturalmente ranzinza e de poucas palavras. Alguns se assustaram com sua entrada, mas logo viram que ele não queria confusão; era só não mexer com ele (eu que o diga). Como não havia espaço nas outras mesas, ele acabou sentando-se ao meu lado. Pediu uma caneca de cerveja de anão e quando ela chegou ele a virou de uma vez. Pensei em sair da mesa e furtá-lo, mas aquele rosto não me encorajou muito... Fiquei pensativo um tempo até constatar que ele poderia ser um companheiro de jornada. Me apresentei, dizendo que meu nome era Derick Aznar e que havia vindo de Sembia em busca de aventuras, e perguntei seu nome procurando ser amistoso. Ele respondeu, logo em seguida, com um voz gutural, dizendo que seu nome era Gantor e que tinha vindo da Costa do Dragão (mais tarde ficamos sabendo que a família de Gantor era a única família de anões do escudo da Costa do Dragão).
Nesse instante entrou um humano com vestes de clérigo, mas com um espírito de bárbaro, pois carregava uma imensa espada larga em suas costas. Todos ficaram observando aquele ser educadamente agressivo vestido com um longo traje vermelho crepúsculo (o traje era um pouco exagerado, mas tudo bem) adentrar pelo estabelecimento. Ele parecia estar procurando algo... Para variar, não havia lugares a não ser na mesa em que eu e o anão mudo. Ele se aproximou, sentou-se e foi logo puxando conversa com uma voz suave de sábio.
Seu nome era Petrus D`Flandres e morava em Waterdeep mesmo. Ele nos contou que estava procurando aventureiros que estivessem dispostos a averiguar uns fatos estranhos fora dos portões da cidade. Mesmo ele não sabendo direito o que era, nós topamos e fomos nos aprontar para a empreitada. Compramos provisões, arrumamos nossas bagagens e partimos em busca do inesperado.
Na verdade, quase não conseguíamos sair, pois acabamos arranjando uma confusão (infelizmente não lembro os motivos, pois minhas memórias ainda são muito esporádicas) com os guardas do distrito comercial. Do conflito só lembrei que Gantor arremessou para longe um dos guardas com seu martelo e que eu acabei matando um dos guardas com um único golpe de meu florete (achei estranho, porque hoje eu uso um Kukri e não um florete como arma. Mas tenho certeza que era um florete verde). Fomos encaminhados às autoridades, mas meu novo companheiro, Petrus, salvou nossas vidas com sua diplomacia. Ficou estabelecido que em troca da anistia teríamos de solucionar os tais fatos estranhos fora da cidade.
Enfim, foi mais ou menos assim que tudo começou. Perdoem-me não poder continuar a contar essa história agora, pois estou escrevendo à medida em que as vagas lembranças vão aparecendo em minha mente ainda bastante confusa. Mas um coisa é certa! Posso ter esquecido de meu passado, mas garanto que, mesmo que seja por instinto, sempre serei Derick Aznar!
PS.: Já verificou seus bolsos? Cuidado...
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
Lembranças de uma Vida Esquecida - Parte 1
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Muito bom Derick,
ResponderExcluirespero ter o prazer de conhecer o restante dessa história.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirO kukri do mal!
ResponderExcluirEm breve minha entrada nesse grupo heróico retumbante ;).